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Agência Brasil - Pelo menos 77 pessoas, incluindo 17 crianças, morreram nesta terça-feira (29) em um bombardeio israelense contra um edifício em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, onde o Exército mantém um cerco desde ontem.
De acordo com as autoridades sanitárias do enclave palestino controladas pelo Hamas, o prédio de cinco andares atingido pelo bombardeio abrigava “centenas de civis deslocados”.
Por outro lado, de acordo com as mesmas fontes citadas pela agência espanhola EFE, os acessos aos hospitais do norte de Gaza estão restritos pelas forças de Israel, impedindo o tratamento a dezenas de feridos. Portais de notícias palestinos informaram que outro ataque aéreo atingiu as imediações do Hospital Kamal Adwan, também em Beit Lahia.
O Exército de Israel ainda não se pronunciou sobre esse ataque.
A agência de notícias palestina Wafa informou que dezenas de pessoas ainda se encontram nos escombros do edifício e que pelo menos 20 feridos graves foram transportados para Kamal Adwan.
“O sistema de trabalho da Defesa Civil foi completamente desmantelado pela agressão israelense no norte de Gaza, pela detenção dos trabalhadores e pelo deslocamento de outros funcionários”, denunciou o porta-voz dos serviços de emergência, Mahmud Basal.
Israel tem mantido um cerco militar no norte de Gaza, combinando intensa campanha de bombardeio com uma incursão terrestre, que já matou mais de mil pessoas nos últimos dias, de acordo com o Hamas. Durante a noite, mais dois ataques contra casas em Beit Lahia mataram pelo menos sete pessoas, informou a Wafa, acrescentando que o Exército tinha incendiado – sem especificar se foram tropas ou um projétil – a escola Al Fajoura, ligada à agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
“Na área de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, as tropas terrestres, em cooperação com a força aérea, eliminaram cerca de 40 homens armados em ataques terrestres e aéreos”, informou nesta manhã um comunicado militar sobre as atividades no norte, sem mencionar o ataque contra Beit Lahia.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, 43.020 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza – a maioria mulheres e crianças – e 101.110 ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde do enclave.
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