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Gusttavo Lima: cantor não compareceu à convocação da Polícia Civil durante investigação, diz Justiça de Pernambuco

Gusttavo Lima

Gusttavo Lima - Foto: Reprodução

O Globo - A decisão da prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira, afirma que o artista “não compareceu à convocação da autoridade policial” durante a investigação. O pedido ocorre no âmbito da Operação Integration, que prendeu a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, no início do mês. Em nota, o TJPE informou que também “foi determinada a indisponibilidade de bens dos envolvidos do cantor, visando garantir a reparação dos danos e a eficácia das medidas judiciais”.

“Há nos autos o Termo de Qualificação Indireta, o que indica que Nivaldo Batista Lima não compareceu à convocação da autoridade policial”, informou a decisão, que o GLOBO teve acesso. O Termo de Qualificação Indireta significa que o indiciado não foi localizado, estando em local incerto ou não sabido.

Na decisão, a juíza escreveu que “o jogo do bicho, assim como outros jogos de azar, tem um efeito devastador sobre famílias”, em referência aos fatos que embasam a ação, segundo revelou a coluna do Lauro Jardim. Deflagrada no início do mês, ela investiga uma organização criminosa de jogos ilegais (bets, inclusive) e lavagem de dinheiro.

No documento, a juíza determina também a suspensão do passaporte do cantor, e do certificado de registro de arma de fogo.

Ainda segundo o TJPE, o juízo também manteve todos os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o da influenciadora Deolane Bezerra, e determinou a difusão vermelha junto à Interpol para a captura dos que estão foragidos. No entanto, o cantor ainda não é considerado foragido.

A Operação Integration tem como objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que movimenta grandes quantias através da exploração ilícita de jogos. O processo permanece sob sigilo para garantir a integridade das investigações em andamento.

Procurada, a assessoria do cantor ainda não retornou à reportagem. O espaço segue aberto.

A operação que prendeu Deolane Bezerra, entre outros 18 alvos, teve o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. O avião apreendido pela polícia, envolvido nas investigações da Operação “Integration”, pertence à empresa Balada Eventos e produções, do cantor sertanejo Gusttavo Lima. Segundo a equipe do cantor informou ao GLOBO, o avião foi vendido, apesar de ainda estar registrado como de propriedade da empresa do cantor.

“A BALADA EVENTOS por intermédio de seu advogado Cláudio Bessas, esclarece que a aeronave prefixo PR-TEN, foi vendida por meio contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC para a empresa J.M.J Participações. Portanto, empresa J.M.J é a proprietária e está registrada no RAB da ANAC como operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão”, informou ao GLOBO a equipe do sertanejo.

No registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa de Gusttavo Lima, com sede em Goiânia e Aparecida de Goiânia, aparece como proprietária da aeronave. São sócios e administradores da firma a Gsa Empreendimentos e Participacoes Ltda e Nivaldo Batista Lima, nome de registro de Gusttavo Lima.

Apesar disso, segundo o registro da Anac, a aeronave é operada pela empresa JMJ PARTICIPACOES LTDA, que também aparece como dona do helicóptero apreendido na Operação Integration, em Campina Grande. A JMJ é de propriedade de Jorge Costa Guimaraes Junior, Julio Cesar Lago Guimaraes e Marco Antonio Lago Guimaraes.

O CESSNA 560XLS pode acomodar até 11 pessoas, e teve seu último registro de compra e venda para a empresa do cantor em 30 de julho de 2022, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB). A investigação desta semana foi para identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

O delegado Ubiratan Rocha, da Polícia Civil de Pernambuco, disse à TV Paraíba que garrafas de vinho estimadas em R$ 5 mil também foram recolhidas. Segundo o g1, os endereços de buscas em Campina Grande estariam ligados à pessoa física e jurídica de José André da Rocha Neto, empresário por trás da Vai de Bet, empresa de apostas cujo embaixador é o sertanejo Gusttavo Lima.

Além de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra, a Operação Integration mira também Solange Bezerra, mãe da influenciadora, e o empresário José André da Rocha Neto.

Solange foi apontada como integrante do esquema, e as duas foram alvos de ordens judiciais de sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.

Já a Balada Eventos e Produções é suspeita de envolvimento no amplo esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais que motivou a operação Integration. Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, a Balada participou da lavagem com empresas de José André da Rocha Neto, um empresário da Paraíba. O CNPJ ligado ao cantor teve R$ 20 milhões, além de imóveis e embarcações, bloqueados pela Justiça.

Um avião pertencente à Balada foi comprado por uma das empresas de Rocha Neto, a JMJ. Outra empresa dele, a Vai de Bet, tem Gusttavo Lima como garoto-propaganda.

O cantor e o empresário, inclusive, estavam juntos, na Grécia, no dia em que a operação foi deflagrada. Rocha Neto teve prisão decretada e, portanto, é considerado foragido. A Justiça bloqueou R$ 35 milhões dele e R$ 160 milhões de suas empresas.

Em nota, a defesa do empresário afirmou que não há qualquer indício da participação dele em atos ilícitos e que o patrimônio é “declarado e regular”. Já o advogado de Gusttavo Lima disse em nota que a Balada “apenas vendeu um avião a uma das empresas investigadas”.

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