Quase dez mil mulheres foram vítimas de feminicídio ou tentativas de
homicídio por motivos de gênero nos últimos 9 anos, segundo levantamento
da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180. Desde 2009, a central
registrou denúncias de morte de pelo menos 3,1 mil mulheres e outras 6,4
mil foram alvo de tentativa de assassinato. Na última década, o pico de registros ocorreu em 2015, ano em que o
feminicídio foi incluído no Código Penal brasileiro como qualificador de
homicídio e no rol de crimes hediondos.
Naquele ano, a central recebeu
956 registros de assassinatos de mulheres, contra 69 mortes apontadas no
ano anterior. O número de denúncias, entretanto, está muito aquém das ocorrências de
feminicídio. Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM),
do Ministério da Saúde, só em 2016, cerca de 4.635 mulheres foram mortas
por agressões, uma média de 12,6 mortes por dia. A secretária nacional de Mulheres, Andreza Colatto, explica que ainda há
subnotificação de denúncias e alerta que muitos casos de assassinato de
mulheres poderiam ser evitados. “Quando nós interrompemos um ciclo de
violência contra uma mulher por meio de uma denúncia simples salvamos
muitas vidas”, destaca Andressa.
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