O aroma inconfundível do café, antes sinônimo de conforto e energia, agora carrega um sabor amargo: o da alta dos preços.O consumidor, acostumado a um ritual matinal, se depara com uma realidade cada vez mais difícil: o café está caro e a situação tende a se agravar.
Os números são alarmantes
Os números são alarmantes
O café arábica, a variedade mais nobre, atingiu em março de 2024 seu maior valor desde 1977, com um aumento de 70% em relação ao ano anterior. O robusta, uma opção mais acessível, também subiu 80% no mesmo período. Essa disparada nos preços é resultado de um cenário global adverso, com o clima como principal vilão.
O Brasil, maior produtor mundial de café, sofreu com a pior seca em 70 anos, entre agosto e setembro de 2024. As chuvas que chegaram em seguida ajudaram, mas a incerteza sobre a próxima safra, prevista para julho de 2025, paira no ar. A seca não foi o único problema: queimadas criminosas em estados como São Paulo também devastaram plantações. "A gente teve seca, chuva em excesso em algumas regiões e até queimadas, muitas delas criminosas. Esses eventos destroem cafezais, que levam anos para voltar a produzir", explica Robespierre do O’, economista.
O Vietnã, maior produtor de robusta, também sofreu com extremos climáticos, com seca no início do ano seguida por fortes chuvas. A situação é agravada por três anos consecutivos de déficit de oferta. Outros países importantes na produção de café, como Colômbia e Honduras, enfrentam desafios semelhantes, criando um cenário global de alta nos preços.
A previsão é que os preços permaneçam altos enquanto o setor se recupera dos problemas climáticos e das perdas na produção. Para os cafeicultores, o desafio é manter a produtividade em um cenário cada vez mais incerto. Para os consumidores, a adaptação é a palavra-chave: reduzir o consumo, buscar alternativas e, quem sabe, aprender a apreciar o sabor amargo da realidade.
O Brasil, maior produtor mundial de café, sofreu com a pior seca em 70 anos, entre agosto e setembro de 2024. As chuvas que chegaram em seguida ajudaram, mas a incerteza sobre a próxima safra, prevista para julho de 2025, paira no ar. A seca não foi o único problema: queimadas criminosas em estados como São Paulo também devastaram plantações. "A gente teve seca, chuva em excesso em algumas regiões e até queimadas, muitas delas criminosas. Esses eventos destroem cafezais, que levam anos para voltar a produzir", explica Robespierre do O’, economista.
O Vietnã, maior produtor de robusta, também sofreu com extremos climáticos, com seca no início do ano seguida por fortes chuvas. A situação é agravada por três anos consecutivos de déficit de oferta. Outros países importantes na produção de café, como Colômbia e Honduras, enfrentam desafios semelhantes, criando um cenário global de alta nos preços.
A previsão é que os preços permaneçam altos enquanto o setor se recupera dos problemas climáticos e das perdas na produção. Para os cafeicultores, o desafio é manter a produtividade em um cenário cada vez mais incerto. Para os consumidores, a adaptação é a palavra-chave: reduzir o consumo, buscar alternativas e, quem sabe, aprender a apreciar o sabor amargo da realidade.
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