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“Operação Na Rota” apreende armas, dinheiro e bloqueia milhões de organização criminosa no RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Polícia Civil deflagraram, nesta terça-feira (12), a “Operação Na Rota”, cumprindo 63 ordens judiciais contra uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, posse ilegal de armas de uso restrito e lavagem de dinheiro no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Amazonas e Alagoas. A operação, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN e pela Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), resultou em significativas apreensões.

Em uma das ações, realizada na Vila de Ponta Negra, em Natal, foram apreendidos um fuzil calibre 556, uma espingarda calibre 12, pistolas, munições e celulares. No bairro do Alecrim, as autoridades encontraram mais de R$ 102 mil em espécie, além de quantias em moeda estrangeira, totalizando 3.227 dólares, 925 euros e 20 libras esterlinas.

A operação revelou que a organização criminosa, liderada por dois irmãos e dividida em cinco núcleos operacionais (gerencial, operacional, negocial, contábil/financeiro e varejista), controlava o tráfico de entorpecentes no RN, com suprimentos vindos do Amazonas. Para evitar a apreensão das drogas, os criminosos utilizavam as dunas de Ponta Negra para enterrar os entorpecentes sob vigilância armada.

As investigações apontaram que, em menos de dois anos, o grupo movimentou mais de R$ 16,9 milhões e utilizou empresas de fachada para dissimular valores ilícitos. Três dessas empresas receberam mais de R$ 386 milhões em movimentações financeiras, sendo uma delas localizada em Tabatinga, na fronteira com Colômbia e Peru, que recebeu sozinha R$ 170 milhões.

Para desmantelar a estrutura do grupo, a Justiça expediu 48 mandados de busca e apreensão, 11 de prisão preventiva, quatro para uso de tornozeleiras e bloqueou bens, imóveis e contas bancárias dos envolvidos. Ao todo, participaram da operação 9 promotores, 22 servidores do Ministério Público, 16 delegados, 114 agentes da Polícia Civil e 50 policiais militares. Todo o material apreendido será analisado pelas autoridades para aprofundar as investigações.

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