O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger em março de 2018 - Foto: Divulgação.
O Globo - O ator Arnold Schwarzenegger, ex-governador da Califórnia e republicano de longa data, anunciou nesta quarta-feira que votará em Kamala Harris no dia 5 de novembro, juntando-se a uma lista crescente de membros do Partido Republicano que se opõem a uma segunda Presidência de Donald Trump nos Estados Unidos. “Sempre serei um americano antes de ser um republicano”, escreveu Schwarzenegger no X para explicar sua decisão. “Um candidato que não respeitará seu voto a menos que seja para ele, um candidato que enviará seus partidários para invadir o Capitólio não resolverá nossos problemas.”
Crítico do ex-presidente, Schwarzenegger considerou antipatriótico e discriminatório o recente comentário de Trump chamando os Estados Unidos de “lata de lixo para o mundo”, em referência às altas taxas de imigração ilegal no país. Ele também expressou frustração com a retórica do candidato republicano, que, segundo ele, alimenta a divisão e a raiva, e disse que espera um futuro em que o país esteja unido e seja respeitado internacionalmente.
Schwarzenegger reconheceu as discordâncias políticas com a democrata Kamala Harris, mas enfatizou seu desejo de um país unido no futuro. Ele criticou o impacto de Trump sobre a unidade dos EUA e se referiu à raiva e à divisão que as palavras e ações do republicano provocaram entre os americanos. Após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, Schwarzenegger condenou Trump como o “pior presidente da História dos Estados Unidos”.
Na semana passada, John Kelly, o general reformado dos Fuzileiros Navais que serviu como chefe de Gabinete de Donald Trump na Casa Branca entre 2017 e 2019, declarou à imprensa americana que o ex-presidente se encaixa “na definição geral de fascista” e queria o “tipo de generais que Hitler tinha”. Antes dele, uma série de ex-assessores do magnata na Casa Branca já haviam avisado sobre como ele vê a Presidência e como exerceria o poder se voltasse ao cargo.
— É claro que o ex-presidente está na área da extrema direita, é claro que ele é um autoritário, ele admira pessoas que são ditadores, ele mesmo disse isso. Então, sem dúvida, ele se enquadra na definição geral de um fascista, com certeza — declarou Kelly ao New York Times em uma entrevista publicada na terça-feira.
Enquanto isso, tanto Kamala quanto Trump continuam sua disputa pelos sete estados decisivos — Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Nevada, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte — que marcarão o curso das eleições da próxima terça-feira. A democrata viaja nesta quarta-feira para a Carolina do Norte, depois vai para a Pensilvânia e encerra o dia em Wisconsin. O republicano tem dois comícios planejados: em Rocky Mount (Carolina do Norte), pouco depois do meio-dia, horário local, e em Green Bay (Wisconsin), no final da tarde.
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