Foto: Divulgação PCES
O Globo - A Polícia Civil segue buscando pelo homem de 43 anos, que mantinha a sobrinha, de 25 anos, em cárcere privado, no município de Jucuruçu, Bahia. A jovem foi libertada, na última sexta-feira, após quase uma década em cativeiro.
No entanto, o suspeito conseguiu fugir para a mata ao perceber a chegada da polícia. O criminoso conhecia muito bem a área e, apesar de ser perseguido pelos policiais por um longo período, conseguiu se evadir. Continuamos as buscas para capturá-lo — afirmou o delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares.
Segundo as investigações, a vítima, que estava desaparecida desde 2015 em Rio Bananal, conseguiu contato com a família recentemente pelas redes sociais. Foi a partir daí, que os agentes localizaram a jovem em um imóvel, no município de Jucuruçu, a cerca de 450 quilômetros de distância. Ela relatou aos policiais que foi sequestrada e sofreu abusos sexuais constantes, além de ser mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar.
Ainda de acordo com o delegado, a vítima era vigiava o tempo todo e o tio nunca permitiu que ela frequentasse a escola. Durante esses anos, ela passou por vários locais, incluindo a capital Vitória, onde viveu por três anos, antes de ser levada para Jucuruçu. O homem ainda a obrigava a vítima a trabalhar na roça e recebia apenas R$ 100,00 por mês, afirmou o delegado.
Há oito meses, o suspeito deu à vítima um celular, o que permitiu que ela conseguisse contatar sua família sem o conhecimento dele. “Ela criou uma conta na rede social Instagram e conseguiu pedir ajuda. Foi a partir daí que conseguimos montar a operação”, disse o delegado.
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