R7 - A Conib (Confederação Israelita do Brasil) manifestou sua preocupação nesta terça-feira (24) com a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação aos conflitos no Oriente Médio.
A confederação destacou que, durante seu discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), Lula demonstrou simpatia pelas vítimas dos conflitos em Gaza e no Líbano, mas não fez menção às vítimas de Israel, o que, segundo a Conib, evidencia uma postura desequilibrada do governo brasileiro.
Em seu discurso na ONU, além de abordar a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, Lula também mencionou as crises no Sudão e no Iémen, que afetam 30 milhões de pessoas por meio de mortes, fome e deslocamentos forçados. O presidente sugeriu que a proposta de paz elaborada por Brasil e China para a guerra entre Rússia e Ucrânia permanece em discussão.
“Ao expressar simpatia pelas vítimas em Gaza e no Líbano, o presidente ignora as vítimas de Israel, esquecendo que os conflitos foram iniciados pelos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, apoiados pelo Irã, e que Israel está em um legítimo direito de defesa”, afirmou a Conib.
Na ONU, Lula criticou a intensificação do conflito no Oriente Médio,
advertindo do risco de uma guerra generalizada. Ele destacou a crise
humanitária em Gaza e na Cisjordânia, que se expandiu para o Líbano,
enfatizando que a violência que começou como atos terroristas contra
civis israelenses se transformou em uma punição coletiva ao povo
palestino. “São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e
crianças. O direito de defesa se tornou um direito de vingança,
dificultando acordos para a libertação de reféns e adiando o
cessar-fogo”, comentou.
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