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Justiça do Trabalho condenou a Arquidiocese da Paraíba a pagar uma
indenização de R$ 12 milhões por casos de exploração sexual contra
menores de idade. O crime foi praticado por padres e até o arcebispo
emérito do estado estão envolvidos no escândalo. Foi na Justiça
Trabalhista que o processo avançou. “O ato é gravíssimo. São
adolescentes que acreditaram naquela instituição a representação de
Deus”, afirmou o procurador do Trabalho, Eduardo Varandas.
Tudo começou em 2014, a partir de uma
carta. A autora ouviu comentários de que algo errado estava acontecendo
na Igreja Católica da Paraíba e, a partir daí, fez uma denúncia por
carta, para ficar dentro da Igreja. Porém, isso acabou resultando na
situação atual. Uma denúncia que era só para a Igreja, que tomou uma
dimensão imensa. A mulher contou tudo para um padre de
confiança. Ela explicou que ele redigiu a carta e disse que o documento
ficaria dentro da Igreja. Mas o texto vazou e virou notícia. A partir
daí, o Ministério Público do Trabalho começou a investigar.
“Na verdade, o que foi apurado, o que
foi denunciado na imprensa, apurado pelo Ministério Público do Trabalho,
foi de que havia inserido dentro da sistemática católica um grupo de
sacerdotes de forma habitual que pagavam por sexo a flanelinhas, a
coroinhas e também a seminaristas”, explicou o procurador Varandas.O crime foi definido como exploração
sexual. No entanto, ele ressaltou que, como o processo está em segredo
de justiça, ele está impedido de revelar alguns elementos concretos e o
que ocorreu na instrução do processo.
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